Às vezes me pergunto por que os homens não são feitos de pedra. Somos de água, e nossa forma, que nunca é nossa, assume linhas exóticas de tristes cântaros, de jarros alegres ou de tanques sinistramente cúbicos. Os continentes tirânicos nos modelam com raras elegâncias de manhã, e à noite já nos deformam.
Gerardo Mello Mourão, O valete de espadas
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