domingo, 13 de janeiro de 2013

Às vezes me pergunto por que os homens não são feitos de pedra. Somos de água, e nossa forma, que nunca é nossa, assume linhas exóticas de tristes cântaros, de jarros alegres ou de tanques sinistramente cúbicos. Os continentes tirânicos nos modelam com raras elegâncias de manhã, e à noite já nos deformam.

Gerardo Mello Mourão, O valete de espadas

Nenhum comentário:

Postar um comentário