terça-feira, 12 de junho de 2012


Um clássico é sempre um divisor de águas em nossa história. Um acontecimento impressionante. Um incêndio, um terremoto.

Deve perturbar e arrebatar. Toda a sua leitura repercute em vários órgãos de nosso corpo. Sim, porque alguns livros recordam que somos pensamento. Outros, recrutam o sentimento. Outros, ainda, perturbam o sono. Um clássico deve tocar o cérebro e o coração, os ossos e as vísceras, tirar o sono, triturar nossas certezas, esmagar nossos erros.

Ou tudo, ou nada.


Marco Lucchesi, O princípio Dostoiévski (in Teatro Alquímico)